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Primeiro-ministro recusa que turismo transforme cidades em “parques de diversão”

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O primeiro-ministro afirmou ontem que “o crescimento do turismo não pode transformar as cidades num parque de diversão para adultos”, destacando dois programas de reabilitação que totalizam 2.400 milhões de euros para fomentar o arrendamento “acessível”.

António Costa falava em Vila Nova de Gaia no discurso de inauguração de uma nova praça, lembrando que a Assembleia da República está a preparar “incentivos fiscais” para os privados praticarem “rendas mais acessíveis e contratos duradouros”.

A este propósito, António Costa lembrou dois programas de reabilitação urbana que têm o mesmo fim, a “linha com o Banco Europeu Investimento, de mil milhões de euros, e o novo instrumento financeiro de 1.400 milhões, dirigido exclusivamente a património devoluto ou público dos municípios ou do Estado”.

“O que é essencial não é restringir o turismo, é aumentar a oferta de habitação para quem não é turista, caso contrário os turistas deixam de vir. Eles vêm enquanto as cidades têm vida. Isso só acontece enquanto têm autenticidade, que é dada por quem lá vive, não por quem vem de fora”, justificou, em declarações aos jornalistas.

Para Costa António Costa, é preciso que, “à oferta existente para o turismo, se aumente a oferta de habitação acessível para a classe média”.

“Temos, no âmbito da nova geração de políticas de habitação, uma proposta lei na Assembleia da República que tem um conjunto importante de incentivos fiscais com rendas mais acessíveis e maior estabilidade de contratos”, observou, sublinhando que o Estado tem “trabalhado articuladamente com as autarquias”.

O primeiro-ministro explicou estarem em causa rendas que “não impliquem um esforço superior a um terço do rendimento das famílias e tenham uma redução média de 20% em relação às rendas cobrada na zona”.