Tribunal benevolente com crimes ecológicos

Sem margem para quaisquer dúvidas, a celulósica Celtejo,

descarregou elevadas cargas poluentes, por mais de uma vez, no rio Tejo,

A Inspecção do Ambiente multou-a em 12 500 euros. Esta irrisória e desproporcionada importância, face às adversidades trágicas que causou, convida à continuidade do crime ecológico. É mais que barato.

Mesmo assim, o Tribunal diminuiu a coima para 6 000 euros(!) e, não contente com tanta e injustificada benevolência, ainda reduziu a sanção para uma repreensão registada! Porquê? O ministro do Ambiente diz com brandura que a decisão é desmoralizadora, ao invés de tomar uma posição pública - robusta e contundente!

Coadjuvando as associações ambientalistas digo - poluir (envenenar) a água que bebemos em Portugal, além de enormes e nefastas consequências , não é crime!

É o Tribunal português no máximo ‘esplendor’, ao nível da justiça do terceiro- mundo...

Fala-se tanto em preservar o ambiente e, não é demais, que mensagem afinal, esta (in)justiça quer dar aos cidadãos e, sobretudo, às crianças e jovens?

A decisão judicial não foi pronunciada a 1 de Abril...

Vítor Colaço Santos