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Perturbações mentais e do comportamento causaram 3.267 óbitos em 2015

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As perturbações mentais e do comportamento causaram, em 2015, 3.267 óbitos, dos quais 94,2% foram por demência, o que representa um aumento de 23,8% em relação ao ano anterior, revelou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).

De acordo com os dados do INE sobre as causas de morte em 2015, das 3.267 mortes por perturbações mentais e do comportamento registados nesse ano, 3.076 foram por demência.

Trata-se de óbitos com uma maior expressão no caso das mulheres (61,1% do total de óbitos).

“A idade média do óbito foi de 84,5 anos, mais elevada nas mulheres (85,8 anos) do que nos homens (82,4 anos), sendo um conjunto de doenças que atingiram sobretudo as idades mais avançadas”, lê-se na informação do INE.

Em 2015, apenas 4,8% dos óbitos ocorreram antes dos 70 anos. “Consequentemente, o número de anos potenciais de vida perdidos foi relativamente baixo (1.900 anos)”. Já a taxa de anos potenciais de vida perdidos foi de 21,5 anos por 100 mil habitantes.

O documento indica que, no mesmo ano, registaram-se 4.870 óbitos devidos a causas externas de lesão e envenenamento (mais 1,1% do que em 2014). A maioria (66%) destas mortes foi de homens.

A idade média destas mortes foi de 66 anos, bastante mais elevada para as mulheres (73,4 anos) do que para os homens (62,1 anos).

Por outro lado, prossegue o documento, “trata-se de um conjunto de causas que, quando comparado com as restantes, afeta relativamente mais as idades prematuras (41,9% dos falecidos tinham menos de 65 anos)”.

“O número de anos potenciais de vida perdidos foi 51.391 e a taxa de anos potenciais de vida perdidos foi de 582,2 anos por 100 mil habitantes”, adiantou.

No conjunto das causas de morte externas de lesão e envenenamento, evidenciaram-se as lesões autoprovocadas intencionalmente, ou suicídios, que provocaram 1.132 mortes em 2015, menos 7,4% do que em 2014 (1.223).