“O que importa é se mexer!”

Na passada quinta-feira, dia 6 de abril de 2017, foi o Dia Mundial da Atividade Física. Como tal, é normal “choverem” publicações/campanhas que digam coisas do género: “Mexa-se, não importa como, mas mexa-se” ou ainda “Mexa-se pela sua saúde”. Nada de errado. Mas será certo? Será que não existem determinados tipos de movimento que repetidamente executados irão causar lesão, e consequentemente, problemas de mobilidade? Que impacto terão esses movimentos menos adaptados na saúde dos “menos novos”? Importante frisar que, o que é importante não é o de apenas de se mexer, e o argumento de “é melhor fazer coisa X do que estar sentado no sofá” também já não cola, até porque existem lesões que não se fazem no sofá. O importante é se mover com qualidade no movimento, com força. Se formos mais específicos, nos idosos, que aumentam a probabilidade e risco de quedas à medida que avançam na idade, é de extrema importância o treino que promova força e minimize a perda de massa muscular no avançar da idade. O exemplo reproduz-se em todas as faixas etárias, onde a manutenção de bons padrões de movimento e uma boa massa muscular são consideradas vitais, havendo até estudos que dizem que a massa muscular é um bom indicador de longevidade e qualidade de vida no avançar da idade. Por isso, não se mova somente por se mover, mova-se com propósito, com segurança e responsabilidade, monitorizada por um profissional, num programa de treino adaptado e individualizado às suas capacidades e limitações. Só assim irá beneficiar das “substâncias ativas” do exercício de forma mais eficaz.

Tiago Correia