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Ministro diz que tem todas as condições para se manter no cargo após o caso Raríssimas

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O ministro do Trabalho, da Solidariedade e da Segurança Social, Vieira da Silva, considerou hoje que mantém todas as condições para se manter no cargo e no Governo.

A garantia do ministro foi dada no final de uma audição na Comissão do Trabalho e da Segurança Social, onde foi ouvido durante três horas, a pedido do PS, sobre o caso Raríssimas.

Questionado pelos jornalistas no final da audição sobre se sente que “mantém todas as condições para continuar à frente deste cargo e no Governo”, Vieira da Silva respondeu apenas: “obviamente que sinto”.

Sobre a audição, o ministro disse que “serviu para esclarecer tudo o que foi sendo dito ao longo desta semana” sobre a Raríssimas -Associação Nacional de Doenças Mentais e Raras, que já levou à demissão do então secretário de Estado da Saúde Manuel Delgado e da presidente da instituição Paula Brito e Costa.

“Julgo que esclareci tudo o que havia para esclarecer. Como disse antes estava tranquilo, continuo tranquilo. Não estou tranquilo com esta situação do ponto de vista da instituição em causa e da fragilização que constitui para aquelas respostas”, frisou o ministro.

“É a nossa prioridade, estamos a trabalhar nisso, temos lá gente todo o dia e toda a noite para que aquelas respostas que são dirigidas a pessoas muito frágeis, com problemas muito sérios não sejam postas em causa pela crise que se abriu”, adiantou Vieira da Silva, que disse esperar que a situação seja “rapidamente resolvida”.

Durante a audição, o ministro disse estar “muito preocupado” com o impacto desta crise no setor social.

“Defendo o papel estratégico do setor social e a confirmarem-se os factos denunciados isto será uma ferida séria no setor social”, sublinhou.

Uma reportagem divulgada em 09 de dezembro pela TVI deu conta de alegadas irregularidades nas contas da Raríssimas, tendo apresentado documentos que colocam a agora ex-presidente da associação, Paula Brito e Costa, como suspeita de utilizar fundos da Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS) para fins pessoais.

Entre as irregularidades apontadas, conta-se a compra de vestidos de alta costura, de bens alimentares caros e o pagamento de deslocações, apesar de ter um carro de alta gama pago pela Raríssimas. Além disso Paula Brito e Costa terá também beneficiado de um salário de três mil euros, de 1.300 euros em ajudas de custos e de um Plano Poupança Reforma que rondava os 800 euros mensais.