Países lusófonos devem reforçar cooperação no turismo
Responsáveis do Governo português, da Organização Mundial do Turismo e da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa defenderam hoje maior cooperação entre os Estados lusófonos para promover o turismo, através de parcerias e troca de conhecimentos.
O secretário-geral da Organização Mundial do Turismo (OMT), Taleb Rifai, exortou os membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) a cooperarem na área do turismo para permitir um desenvolvimento mais harmonioso deste setor, falando na abertura do I Fórum de Negócios e Investimentos Turísticos no espaço da CPLP, que hoje se realizou na Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL).
Recordando que o turismo mundial está a crescer, apesar da crise económica e financeira e dos conflitos políticos em várias zonas do globo, o responsável sustentou que este aumento "deve ser refletido na CPLP".
O secretário-geral da OMT sublinhou que, nesta área, "a comunidade de países lusófonos pode ganhar muito com o intercâmbio de experiências e de conhecimento" e defendeu que "o mais importante é a mensagem política de que os países lusófonos decidiram que o turismo é um dos pilares para o crescimento e progresso de cada país".
Taleb Rifai exemplificou que alguns dos países da CPLP estão mais avançados na oferta turística e "têm resultados excelentes", como é o caso de Portugal, enquanto "outros sabem que o turismo é um potencial e que podem beneficiar muito desta cooperação".
Na mesma linha, o secretário-executivo da CPLP, Murade Murargy, disse ser urgente "identificar as oportunidades existentes para intensificar a cooperação empresarial no setor do turismo, através de parcerias e criação de condições para circulação de informações sobre o ambiente de negócios e oportunidades de investimento privado".
"O potencial de cooperação no setor do turismo é um dos mais promissores no espaço da comunidade", sustentou Murargy.
Também o secretário de Estado do Turismo, Adolfo Mesquita Nunes, argumentou que os "países da CPLP têm condições ideais para uma cooperação reforçada" neste setor.
Uma cooperação, acrescentou, "não apenas nos aspetos mais institucionais, como a formação, mas também em aspetos com impacto concreto nas empresas, como sejam a abertura de mercados, desenvolvimento de novas oportunidades, através de parcerias, mutuamente benéficas".
O governante disse que o objetivo é "replicar aquilo que se passou em Portugal, onde o turismo tem sido capaz de resistir, de mudar e de crescer, dando o contributo decisivo para ultrapassar os tempos difíceis".
Os ministros do Turismo de Moçambique, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde e Timor-Leste, o secretário de Estado português do Turismo e uma representante do governo angolano apresentaram depois, num debate, as principais prioridades e mecanismos de apoio e atração do investimento privado em cada um dos países.