Turismo

Região fraca em negócios confirma vocação turística

O arquipélago madeirense mostra-se orientado para o Turismo, com a categoria ‘Visitar’ a apresentar “resultados extraordinários”, mas de resto, no ranking elaborado pela empresa de consultoria internacional Bloom Consulting, não há grandes motivos de júbilo.

Aliás, não fora a apetência pelo Turismo, nenhuma cidade madeirense surgia no top 25 dos municípios portugueses, no qual o Funchal  só surge em 17.º lugar à conta de ser a 2.ª melhor cidade portuguesa para visitar.  Em termos de negócios é a 29.ª, sendo apenas a 25.ª melhor para viver.

No estudo a que o DIÁRIO teve acesso, o Funchal lidera isolado uma tabela regional “caracterizada pela fraca ‘performance’ nas categorias ‘Negócios’ (Investimento) e ‘Viver’ (Talento), confirmando a vocação turística da Região”. Esta disparidade entre categorias deve-se essencialmente “ao parco interesse expresso em ‘digital demand’ (ferramenta que permite entender as necessidades e interesses de cada público-alvo), à alta taxa de desemprego, ao fraco poder de compra e à falta de dinamismo do mundo empresarial madeirense”, refere o director geral da Bloom Portugal, Filipe Roquette.

Vale à Madeira a categoria ‘Visitar’. Para além do Funchal, que é a segunda cidade portuguesa, a seguir a Lisboa, Santa Cruz e Porto Santo obtiveram um forte desempenho na dimensão, marcando presença no Top 25 nacional nesta área. A sua performance mostra-se mesmo bastante semelhante, sendo que Porto Santo apresenta resultados menos atractivos em termos de estadias.

Relativamente ao parâmetro de Negócios (Investimento), Santa Cruz ocupa a 2ª posição regional, encontrando-se apenas atrás do Funchal, com uma vantagem significativa sobre os demais Municípios da Região, principalmente devido aos resultados económicos e do digital demand.Segundo a Bloom Consulting, o ranking foi construído recorrendo a dados estatísticos de fontes oficiais como o Instituto Nacional de Estatística, a Associação Nacional de Municípios Portugueses e o portal Pordata.

O estudo revela-se como  ajuda aos Municípios, não só no que toca à definição de prioridades, mas também na percepção da imagem  no resto do País e internacionalmente. Como explica Filipe Roquette, “uma marca-cidade é um activo para os municípios e deve ser gerida de forma a potenciá-los e com o propósito de alcançar diferentes objectivos”.  “Numa altura em que os orçamentos locais se encontram sujeitos a um processo de escrutínio intenso, todas as autarquias devem assegurar que todos os cêntimos gastos são um bom investimento. É por esta razão que agora, mais do que nunca, há uma necessidade de aplicar medidas fiáveis para garantir sucesso da estratégia de ‘Region e ‘City Branding’, refere .