Turismo

Turismo em valores recorde com crescimentos de 8% até Novembro

O turismo em Portugal está a registar valores recorde com crescimentos de 8% até novembro nas chegadas, em termos homólogos e de 7,8% no saldo positivo da balança de pagamentos do setor, disse hoje Adolfo Mesquita Nunes.

O secretário de Estado do Turismo falava a jornalistas portuguesas no 'stand' de Portugal na Feira Internacional de Turismo (FITUR) que foi hoje inaugurada pelos Príncipes das Astúrias e na qual esteve ainda o ministro da Economia, António Pires de Lima.

Ainda sem que se conheça os dados relativos a dezembro, "mês muito relevante do ponto de vista turístico", Mesquita Nunes destacou que os dados demonstram que "o turismo doméstico estabilizou" e que há um "claro crescimento do mercado internacional".

"O crescimento que tivemos do ponto de vista do turismo vem demonstrar que o setor mantém a sua competitividade e foi vencendo os obstáculos que lhe foram sendo colocados", disse.

"Até novembro temos um crescimento de 8%, que é o dobro do de Espanha e acima da média europeia", afirmou.

Afirmando que o debate sobre o IVA no setor da restauração está "encerrado" e reconhecendo que este é um dos desafios ao setor, Mesquita Nunes referiu que "os proveitos da hotelaria cresceram 5% em 2013", o que demonstra uma inversão na tendência de queda.

"É preciso que esses proveitos continuem a crescer e a crescer mais. Temos consciência de que a hotelaria precisa de ter proveitos superiores", disse.

Sobre este ano, Mesquita Nunes refere que as perspetivas são de "continuar a rota de crescimento", apostando nos indicadores da Organização Mundial de Turismo (OMT), revelados esta semana, que demonstram que a Europa é "um dos maiores beneficiários dos fluxos turísticos" mundiais.

Portugal, disse, deve "aproveitar esse fenómeno".

No que toca à promoção, vai manter-se a estratégia de venda do destino de Portugal "como um todo", segmentando a mensagem de acordo com cada um dos mercados emissores, que "querem mensagens diferentes e têm perfis diferentes de turistas".

Mesquita Nunes explica que a quota de mercado de Portugal nos mercados onde já está consolidado "é ainda muito pequena" o que permite uma "grande margem de progressão".

Não se trata de descorar mercados emergentes, mas de centrar as atenções em países onde o destino já é conhecido e as margens de progressão são muito elevadas.

Abandonada está a ideia de levar a cabo programas de promoção conjunto com Espanha em mercados mais distantes, sendo que é essencial promover a marca Portugal "de forma autónoma em todos os mercados".