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UPorto é a mais procurada do país porque ganhou confiança pública

Foto Global Imagens
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O reitor da Universidade do Porto (UPorto), Sebastião Feyo de Azevedo, afirmou hoje que esta instituição, “pela sua reputação, ganhou a confiança pública que a faz ser a mais procurada do país”, lançando desafios para o futuro.

“Temos vindo a trilhar uma trajetória ascendente de qualidade, em todas as áreas, como todos os indicadores da nossa atividade o indicam, estando hoje a universidade num patamar nunca antes atingido na nossa história”, disse Sebastião Feyo de Azevedo, num discurso no âmbito do 107.º aniversário da UPorto.

O reitor - que está a cumprir o quarto e último ano de mandato, mas já anunciou a sua recandidatura às eleições que decorrem a 27 de abril - fez um o balanço das atividades da universidade e abordou desafios futuros, focando temas como a internacionalização ou a investigação competitiva em áreas estratégicas.

“Somos uma instituição que, pela sua reputação, ganhou a confiança pública, em dimensão tal que a faz ser a mais procurada do país”, disse, referindo-se a uma universidade que se divide por 14 faculdades, tendo cerca de 32.000 estudantes, dos quais mais de 3.000 são alunos de doutoramento e cerca de 4.400 são estrangeiros oriundos de cerca de 130 países.

Perante uma assistência com professores e alunos, bem como do ministro dos Negócios Estrangeiros e antigo estudante e professor da UPorto, Augusto Santo Silva, Sebastião Feyo de Azevedo assegurou que esta universidade “não apenas assegura as condições necessárias ao sucesso escolar dos seus estudantes, como procura fomentar a sua empregabilidade”.

“Temos em curso uma estratégia de promoção da empregabilidade, cuja principal iniciativa é a FINDE.U - a feira internacional de emprego que organizamos conjuntamente com as universidades de Trás-os-Montes e Alto Douro e de Vigo”, descreveu, somando a assinatura de protocolos com 55 câmaras municipais.

O reitor da UPorto também aproveitou para recordar que recentemente foi inaugurada a Galeria da Biodiversidade, infraestrutura pela qual passaram, disse Feyo de Azevedo, “mais de 45 mil pessoas até fevereiro último” e deu destaque ao consórcio UNorte.pt que reúne as universidades do Minho, Porto e Trás-os-Montes e Alto Douro.

“Foram preparados sete projetos de investigação e inovação no âmbito da UNorte.pt, considerados como muito importantes na construção de uma estratégia de especialização regional baseada no conhecimento e na inovação”, referiu.

Antes de Sebastião Feyo de Azevedo tinham discursado, entre outros, representantes dos estudantes, bem como dos trabalhadores da UPorto, tendo o porta-voz dos alunos, Marcos Teixeira, feito críticas ao estado de algumas infraestruturas, considerando que “2018 não é um ano em que se admita chuva nas salas de aulas”.

Em jeito de resposta, o reitor voltou, conforme tinha anunciado há um ano, a falar do investimento total de 45 milhões de euros num programa de reabilitação de instalações agendado para dois anos.

Em causa a requalificação da envolvente exterior da faculdade de Arquitetura, sob a orientação do autor do projeto original, o arquiteto Álvaro Siza Vieira, bem como intervenções das faculdades de Economia e de Belas Artes, Ciências da Nutrição no antigo edifício do IBMC/INEB e no palacete Burmester, na faculdade de Letras.

O discurso de Feyo de Azevedo também ficou marcado, ainda que o reitor tenha preferido não desenvolver o tema, por uma crítica à intenção da tutela de cortar em 5% as vagas do Ensino Superior.