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Três municípios atingidos pelos incêndios com 10,5 ME para recuperação de casas de primeira habitação

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Os municípios de Pedrógão Grande, Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pera vão ter à sua disposição cerca de 10,5 milhões de euros para a recuperação das casas de primeira habitação afetadas pelo incêndio de 17 de junho.

O número, avançado à agência Lusa pelo presidente da Câmara de Figueiró dos Vinhos, destina-se a financiar a recuperação total ou parcial de 185 habitações nos três concelhos.

Segundo Jorge Abreu, Pedrógão Grande, que foi o mais afetado, com 121 habitações atingidas, vai receber cerca de 7,3 milhões de euros, enquanto Castanheira de Pera tem quase dois milhões para intervir em 41 casas.

O município de Figueiró dos Vinho, o menos afetado dos três, tem direito a 1,2 milhões para recuperar 23 imóveis.

Estes dados, disse o autarca, constam do documento de trabalho definido na reunião realizada no sábado, em Castanheira de Pera, presidida pelo ministro do Planeamento e Infraestruturas, Pedro Marques, e “que ainda não está fechado”.

O governante anunciou que a recuperação de dois terços das casas de primeira habitação afetadas pelos incêndios de Pedrógão Grande e Góis vão avançar de imediato.

“As obras até cinco mil euros, e são várias, e as que não necessitem de projeto e licenciamento, vão avançar de imediato”, disse Pedro Marques, no final de uma reunião com os presidentes dos sete municípios afetados.

Segundo o ministro, nos sete concelhos atingidos pelos fogos - Pedrógão Grande, Figueiró dos Vinhos, Castanheira de Pera, Penela, Góis, Pampilhosa da Serra e Sertã - estão identificadas 205 intervenções em casas de primeira habitação, das quais dois terços estão em condições de avançar de imediato.

O autarca de Figueiró dos Vinhos chamou a atenção para o facto dos três concelhos não terem empresas “suficientes e com capacidade” para avançar rapidamente com as obras de recuperação, pelo que será necessário recorrer a “pessoal e construtores de fora”.

Uma das soluções pode passar por “negociar lotes de quatro ou cinco casas com grandes empresas”.

Jorge Abreu sublinhou ainda que vão ter de ser as Câmaras a executar a grande maioria das obras de recuperação e construção, “porque as pessoas são idosas e estão isoladas”.