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Protecção Civil recusa falha de comunicação na suposta queda de aeronave

Garantia do comandante operacional da Protecção Civil, Vaz Pinto

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O comandante operacional da Protecção Civil, Vaz Pinto, recusou hoje que tenha havido qualquer falha de comunicação em relação à suposta queda de uma aeronave no fogo de Pedrógão Grande e realçou que foi cumprido o protocolo para estas situações.

“Não houve nenhuma falha de comunicação. Houve um alerta para queda de aeronave e foi cumprido o protocolo para estas situações”, disse Vítor Vaz Pinto no primeiro ‘briefing’ do dia aos jornalistas no posto de comando instalado em Avelar, no concelho de Ansião, em Leiria.

Adiantou, ainda, que não lhe compete definir se haverá ou não o apuramento de responsabilidades, mas admite que ficou surpreendido.

“Para mim este episódio está ultrapassado. Ainda bem que não houve nenhum acidente”, afirmou.

Apesar disso, admite que possa haver um apuramento de responsabilidades, uma vez que a situação implicou a mobilização de meios para o suposto local da queda.

O comandante operacional de Protecção Civil adiantou que durante o trabalho desenvolvido ao longo da noite, houve condições meteorológicas que favoreceram o combate, sendo que 95% do perímetro do teatro de operações no incêndio de Pedrógão Grande está em vigilância e rescaldo e os restantes 5% “em combate e ativo, com grande potencial de risco”.

Explicou ainda que há vários pontos quentes numa zona de difícil acesso entre Porto Espinho, Coentral e Camelo, para onde estão direcionados o esforço e a concentração de meios.

“O perímetro é muito grande e existem várias ‘ilhas’ que não foram afetadas, superiores a 20 hectares (...). Continuam a ser uma preocupação”, frisou.

Quanto aos meios no teatro de operações estão 1.023 operacionais, apoiados por 411 meios terrestres e cinco meios aéreos, sendo que os operacionais pertencem a 198 organizações diferentes.

Vítor Vaz Pinto explicou, também, que as falhas de comunicação do sistema SIRESP aconteceram tal como acontecem em qualquer sistema.

“Estamos a falar de uma utilização massiva e, naturalmente, por vezes, temos alguns constrangimentos”, disse.

Apesar disso, sublinhou que se tratou de “falhas muito curtas, inferiores a meio ou um minuto e não têm tido influência”.

Já Alice Lúcio, do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), explicou que nos dois incêndios estão registados até às 07:00, 204 feridos, 179 referentes a Pedrógão Grande e 25 a Góis, sendo que sete são graves.

Ao nível de mortes, confirmou que se mantêm as 64 e em termos de apoio psicológico, até às 07:00, foram assistidas 552 pessoas.

Numa primeira estimativa da GNR, porque o incêndio ainda não foi dado como dominado, estima-se que tenham sido afetados 30 mil hectares até ao momento.