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Presidente executivo da Galp recebe 1,62 ME em 2016

Foto Leonardo Negrão / Global Imagens
Foto Leonardo Negrão / Global Imagens

Carlos Gomes da Silva recebeu em 2016 um total 1,62 milhões de euros brutos naquele que foi o primeiro ano completo como presidente executivo da Galp Energia, segundo o Relatório de Governo Corporativo da petrolífera nacional.

De acordo com o relatório publicado na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), do montante total auferido pelo gestor que sucedeu a Ferreira de Oliveira 980 mil euros resultam de remuneração fixa, 285 mil de remuneração variável, 245 mil em plano poupança reforma (PPR) e cerca de 111 mil euros em outros benefícios.

As remunerações da comissão executiva da Galp Energia totalizaram em 2016, em termos brutos, 5,5 milhões de euros, abaixo dos seis milhões de euros gastos pela petrolífera nacional com os administradores-executivos.

Já os administradores não executivos receberam 546 mil euros em 2016, totalizando assim o total de remunerações auferidas pelos membros do órgão de administração da sociedade, durante o exercício de 2016, 6,06 milhões de euros, sendo quatro milhões a título de remuneração fixa, 952 mil como remuneração variável, 761 milhões de euros a título de PPR e 319 mil euros a título de outros benefícios.

Paula Amorim, que em outubro assumiu a presidência do Conselho de Administração da Galp, recebeu cerca de 33 mil euros em remunerações como administradora não executiva, tendo deixado de receber assim que sucedeu a Américo Amorim, em 14 de outubro, política que o pai havia adotado.

Os acionistas da Galp vão ratificar na assembleia-geral, em 12 de maio, a designação de Paula Amorim como presidente do Conselho de Administração, cargo que exerce desde outubro, quando Américo Amorim renunciou por razões pessoais.

Ratificar a cooptação de Paula Amorim, filha mais velha de Américo Amorim, para presidente do Conselho de Administração até 2018 é o primeiro ponto da assembleia-geral de acionistas, de acordo com a convocatória divulgada hoje à noite na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMCM).

Além disso, os acionistas serão também chamados a dar ‘luz verde’ à entrada de Marta Amorim - também filha de Américo Amorim - como vogal no Conselho de Administração da petrolífera nacional e a deliberar sobre as contas relativas a 2016 bem como a proposta de aplicação de resultados.

A proposta do Conselho de Administração passa por distribuir aos acionistas cerca de 412,69 milhões de euros em dividendos relativos ao exercício de 2016, ano em que a Galp Energia registou um resultado líquido ajustado de 483 milhões de euros, uma redução de 24% face aos 639 milhões alcançados no período homólogo de 2015.

A Galp Energia propõe um dividendo de cerca de 50 cêntimos por ação referente ao exercício de 2016, valor de remuneração acionista que se deverá manter inalterado nos anos seguintes. Segundo a proposta, metade do valor já foi pago aos acionistas em setembro “sob a forma de adiantamento por conta de lucros do exercício”.

Este valor é superior ao que foi pago em 2016, relativo ao exercício de 2015, que se ficou pelos 41 cêntimos por ação.