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Nutricionistas lançam ferramenta para avaliar estado nutricional das crianças internadas

Foto Shutterstock
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Os hospitais têm, a partir de ontem, uma ferramenta desenvolvida pela Ordem dos Nutricionistas que permite avaliar o estado nutricional das crianças que são internadas e intervir adequadamente em casos de risco, disse à Lusa a bastonária.

“Os estudos que existem em relação ao risco nutricional das crianças internadas nos hospitais portugueses dizem que mais de metade das crianças e adolescentes em internamento hospitalar estarão em risco nutricional e, neste sentido, é preciso que haja uma ferramenta adequada para fazer a detecção deste risco e precocemente intervirmos”, explicou a bastonária da Ordem dos Nutricionistas, Alexandra Bento.

Destas crianças que estão em risco, “uma parte substancial poderá estar desnutrida”, advertiu Alexandra Bento.

Para avaliar o estado nutricional das crianças quando são internadas, a Ordem dos Nutricionistas lançou hoje, Dia Mundial da Criança, a “Norma de Orientação Profissional para Identificação do Risco Nutricional em Idade Pediátrica” e apela aos profissionais de saúde que utilizem a ferramenta ‘STRONGkids’.

Esta ferramenta permite avaliar “a presença de patologias, observa sintomas indicativos de mau estado nutricional, testa a diminuição da ingestão alimentar, bem como a perda de peso e, mediante os resultados, adapta a intervenção a seguir”, explicou Alexandra Bento.

“Se a desnutrição for precocemente identificada fazemos uma intervenção nutricional atempada e adequada e vamos reduzir complicações, vamos reduzir tempo de internamento, vamos reduzir custos para todo o sistema de saúde”, salientou.

Nesse sentido, “é importantíssimo que esse rastreio ao estado nutricional das crianças que são internadas seja feito com as ferramentas adequadas”, defendeu a bastonária, adiantando que, na norma, está “devidamente explicitado” o que deve ser feito quando “uma criança é internada num hospital do país”, sublinhou.

O que se pretende é que a questão nutricional das crianças seja acautelada desde a entrada da criança no estabelecimento hospitalar, frisou Alexandra Bento.