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Ministro espera ter venda do Novo Banco concluída “até ao Verão”

FOTO MÁRIO CRUZ/LUSA
FOTO MÁRIO CRUZ/LUSA

O ministro das Finanças, Mário Centeno, disse hoje no parlamento esperar que o negócio da venda do Novo Banco “esteja concluído até ao verão”.

“Esperaria que no verão tivesse este negocio concluído”, disse o governante, quando questionado durante uma audição na Comissão de Orçamento e Finanças pela deputada do CDS Cecília Meireles que insistiu em saber sobre o calendário do negócio de venda de 75% do Novo Banco ao fundo norte-americano Lone Star, ficando o Fundo de Resolução com 25% (posição que poderá alienar a qualquer momento a um privado).

A concretização do negócio está sujeita a três condições que, se não forem cumpridas, implicam que o negócio falhe, ou seja, ainda há o risco de o banco ser liquidado.

Uma delas passa por uma troca de obrigações com vista a melhorar o capital do Novo Banco em 500 milhões de euros, o que implicará penalizações para os seus detentores.

É esperado que seja brevemente apresentada a oferta de troca de obrigações aos seus detentores - sejam clientes institucionais ou de retalho -, desconhecendo-se ainda pormenores da operação.

Por exemplo, poderá ser proposto um corte de juros ou aumento de maturidades dos títulos ou até uma solução que implique as duas modalidades. Também poderá ser proposto uma alteração no preço da obrigação.

Os obrigacionistas serão confrontados com o dilema de, caso não aceitem a solução proposta, o Novo Banco poder ser liquidado, com implicações também para os seus investimentos.

Para já, com o contrato de promessa de compra e venda que foi assinado foi conseguido que desaparecesse o prazo de 02 de agosto de 2017 para o banco ser vendido ou liquidado, existindo o prazo indicativo da venda ser concretizada até ao final do ano, que pode ser dilatado.