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Maioria dos passageiros em Lisboa não utiliza cinto de segurança no banco traseiro

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Cerca de 70 por cento dos passageiros adultos em Lisboa não utiliza o cinto de segurança no banco de trás, segundo um estudo da Prevenção Rodoviária Portuguesa (PRP) hoje divulgado.

A PRP realizou um estudo observacional no concelho de Lisboa em 2017 para avaliar a utilização do cinto de segurança nos passageiros adultos que viajam no banco de trás de veículos ligeiros.

Para o estudo, que mostra taxas de utilização do cinto de segurança muito baixas, foram observados 634 passageiros que viajavam no banco traseiro de veículos ligeiros (excluindo táxis) e 574 passageiros que viajavam no banco de trás de táxis.

Segundo a PRP, apenas 28,7% dos passageiros que viajavam no banco de trás dos carros (exceto táxis) no concelho de Lisboa usavam cinto de segurança.

Nestes casos, o cinto era mais utilizado pelas mulheres (33%) do que pelos homens (23%).

O estudo mostra que a percentagem foi ainda mais baixa no caso dos passageiros do banco de trás de táxis, sendo o cinto de segurança utilizado por apenas 20,4%.

No banco de trás dos táxis, a taxa de utilização nas mulheres (17,8%) e nos homens (21%) foi semelhante.

A PRP sublinha que os resultados registados na cidade de Lisboa não são generalizáveis ao resto do país, no entanto, são indicadores de que uma grande parte dos passageiros portugueses não usa cinto de segurança quando viaja no banco de trás.

A associação refere que dados do European Transport Safety Council (ETSC) colocam Portugal como o oitavo país (entre 21 países europeus) com menor taxa de utilização do cinto de segurança nos passageiros no banco de trás.

O presidente da Prevenção Rodoviária Portuguesa, José Miguel Trigoso, considera que “a utilização do cinto de segurança é umas das medidas mais eficazes para reduzir a gravidade das lesões e o número de mortes em acidentes rodoviários entre os utentes dos veículos automóveis”.

José Miguel Trigoso defende que é “prioritário promover a utilização do cinto de segurança nos bancos de trás para que se torne um hábito, tal como acontece com os condutores e com os passageiros que viajam no banco da frente”, além de ser igualmente “indispensável desenvolver campanha de fiscalização por parte das entidades responsáveis”.

Segundo dados da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), os acidentes nas estradas portuguesas provocaram 137 mortos nos quatro primeiros meses deste ano, mais sete do que em igual período de 2017.

A ANSR, que reúne dados da PSP e GNR, divulgou recentemente estes dados indicando que, entre 01 de janeiro e 30 de abril, registaram-se 42.180 acidentes rodoviários, mais 2.403 do que no mesmo período de 2017.