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MAI leva a Bruxelas empenho português na criação de mecanismo europeu de protecção civil

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O ministro da Administração Interna (MAI) leva ao 6.º Fórum Europeu de Protecção Civil, em Bruxelas, que arranca hoje, o “firme empenho” de Portugal na criação de um mecanismo europeu de resposta a riscos de grandes dimensões.

“Vamos manifestar o nosso firme empenho na criação de um mecanismo europeu de resposta a riscos de grande dimensão, que não são só incêndios florestais, mas que podem ser inundações ou epidemias. Para isso, é necessária uma resposta à escala europeia”, disse Eduardo Cabrita à agência Lusa.

O Fórum Europeu de Protecção Civil, que termina na terça-feira, é um evento público organizado pela Comissão Europeia sobre cooperação em matéria de protecção civil.

Segundo Eduardo Cabrita, a principal prioridade da agenda europeia é uma “rápida concretização do novo mecanismo europeu de protecção civil que foi impulsionado e justificado” pelos incêndios em Portugal no ano passado, em que morreram mais de cem pessoas.

De acordo com o ministro, Portugal tem tido uma “participação muito activa” no diálogo com a Comissão Europeia, acrescentando que irá dar nota da “profunda transformação” que o país está a desenvolver nas estruturas de protecção civil.

“Há empenho na prevenção e na sensibilização que tornou hoje a protecção civil uma prioridade na sociedade portuguesa. Iremos igualmente dar nota da aposta na especialização e profissionalização do sistema”, acrescentou.

Criado em 2003, o Fórum reúne, de dois em dois anos, toda a comunidade europeia da área da protecção civil para a partilha de experiências e para a discussão de novas formas de cooperação entre os Estados-membros.

Nesta sexta edição, o tema central é “a protecção civil num cenário de alterações do risco”, o que irá permitir a reflexão sobre o presente e o futuro do Mecanismo Europeu de Protecção Civil.

São esperados este ano em Bruxelas cerca de 400 participantes, das áreas da protecção civil e da gestão de riscos, entre representantes governamentais, do mundo académico, das autoridades de protecção civil, organizações internacionais, institutos europeus, entre outros.

O Ministro da Administração Interna intervém na terça-feira na sessão plenária, que tem como tema “trabalhar os sectores para melhorar a resiliência climática”.