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Investimento atingiu novo recorde em 2017 em Portugal

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A actividade de investimento manteve-se “extremamente dinâmica” em 2017, tendo sido atingido um novo recorde, em termos de volume, de cerca de 2,1 mil milhões de euros, distribuídos por mais de 60 operações, revela um estudo hoje divulgado.

Segundo a consultora Cushman & Wakefield, o capital estrangeiro continuou a ser o principal impulsionador da actividade, tendo representado 67% do total.

O sector de escritórios captou a maior parcela de capital e voltou a atingir um novo máximo histórico de investimento em 2017, recebendo 38% do capital investido, 770 milhões de euros.

As previsões da Cushman & Wakefield para o fecho de 2018 apontam hoje para um volume de transacções que poderá variar entre os 3.000 milhões e os 3.500 milhões de euros.

O sector de retalho captará a maior parcela de investimento em 2018, mas os escritórios deverão também atrair um volume muito significativo de capital.

O estudo concluiu que o mercado de escritórios da Grande Lisboa cresceu em 2017 16% no volume de espaços contratados, para 167 milhões de metros quadrados (m2) transaccionados, mas refere que a nova oferta “manteve um crescimento incipiente”, com apenas três edifícios inaugurados ao longo de 2017 que foram ocupados na totalidade em pré-arrendamento.

“Para os próximos anos perspectiva-se um novo arranque na actividade de promoção, com os projectos de escritórios previstos para os próximos três anos na Grande Lisboa a totalizarem 100.000 m2”, acrescenta.

Sobre o sector de retalho, a Cushman & Wakefield diz que manteve em 2017 o forte crescimento que vinha a registar-se desde 2015, com 750 novos contratos de retalho no país, localizando-se a grande maioria na Grande Lisboa.

À semelhança dos últimos anos, o sector da restauração foi o mais activo, tendo representado 36% das novas aberturas, num total de 270 unidades.

A moda teve também um crescimento significativo, sendo o segundo sector mais representativo, com 180 novas lojas (24% das aberturas).

Os centros comerciais foram responsáveis pelo maior número de aberturas, mas o dinamismo do comércio de rua, que surgiu há poucos anos como um sector renascido, é confirmado pelos dados da procura: ao longo do último ano assinalaram-se na amostra cerca de 300 novas aberturas no formato de rua.

Em relação ao mercado imobiliário Industrial, a consultora diz que não tem reflectido até à data a forte actividade ao nível empresarial, mas os dados de procura relativos a 2017 apontam para uma possível viragem do ciclo, com um aumento do volume de espaços transaccionados.

No ano passado foram identificados na Grande Lisboa 28 negócios que envolveram 115.000 m2 de área contratada, sinaliza.