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Governo atribui 100 milhões a fundo perdido às empresas afectadas pelos incêndios

Foram cerca de 500 as empresas afectadas pelos incêndios de outubro na região Centro. FOTO LUSA
Foram cerca de 500 as empresas afectadas pelos incêndios de outubro na região Centro. FOTO LUSA

O Governo vai atribuir 100 milhões de euros a fundo perdido para apoiar as cerca de 500 empresas afectadas pelos incêndios de Outubro na região Centro, além de uma linha de crédito de outros 100 milhões, foi hoje anunciado.

O ministro do Planeamento e das Infra-estruturas, Pedro Marques, revelou no parlamento que “hoje mesmo foram publicados avisos de candidatura para a reconstrução das empresas”, estando prevista a atribuição de 100 milhões de euros para a reconstrução de cerca das 500 empresas que, segundo dados provisórios do Governo, foram afectadas pelos incêndios de 15 e 16 de Outubro, na região Centro.

“Para lá destes 100 milhões de euros não reembolsáveis, contaremos também com uma linha de crédito de outros 100 milhões de euros a partir da próxima semana”, sublinhou.

Pedro Marques destacou que, além das cerca de 500 empresas, a 15 e a 16 de Outubro foram afectadas cerca de 900 casas de primeira habitação.

“O levantamento que temos, e que está agora em conclusão, indica um total de cerca de 900 primeiras habitações afectadas. O Governo consagrou uma verba, que há de ser consagrada do ponto de vista orçamental, de 30 milhões de euros, para o apoio à recuperação destas habitações”, indicou o ministro.

“Pensamos que será uma verba suficiente, contando que concorrerão para estas recuperações destas habitações as indemnizações dos seguros. E a experiência que temos de Pedrógão indica que este é o montante adequado”, salientou.

Relativamente aos incêndios de junho na zona de Pedrógão Grande, Pedro Marques indicou que, das 235 casas classificadas como casas de primeira habitação e a serem apoiadas, “há 162 com obras já em adjudicação, a decorrer ou com obras concluídas, das quais 76 são obras já concluídas”.

Foram ainda criados apoios para mais de 1.900 agricultores afectados, com o fundo Revita e outros mecanismos de financiamento, e apoios à reposição de actividade económica nestes territórios, com abertura de concursos através do Portugal 2020 com previsões de um máximo de 25 milhões de euros para a recuperação das empresas afectadas.