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Crescimento de 3% de casos de cancro é “semelhante” à média europeia

Fernando Araújo falava hoje no âmbito da apresentação do relatório do Programa Nacional para as Doenças Oncológicas 2017. FOTO TERESA GONÇALVES.
Fernando Araújo falava hoje no âmbito da apresentação do relatório do Programa Nacional para as Doenças Oncológicas 2017. FOTO TERESA GONÇALVES.

O secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Fernando Araújo, disse hoje no Porto que o crescimento anual de 3% de novos casos de cancro em Portugal é “semelhante ou ligeiramente inferior à média europeia”.

“O crescimento resulta, por um lado, do envelhecimento da população e, por outro lado, naturalmente, da falta de medidas de prevenção que todos nós deveríamos tomar”, sublinhou em declarações aos jornalistas no âmbito da apresentação do relatório do Programa Nacional para as Doenças Oncológicas 2017, que se realizou no i3S - Instituto de Investigação e Inovação em Saúde, no Porto.

Considerou que “é verdade que temos de trabalhar muito na prevenção, o caso do tabaco é um bom exemplo, mas também o caso da alimentação, do exercício físico e da vacinação, nomeadamente contra o papiloma humano e contra o vírus da hepatite B”.

“São factores que permitem de alguma forma alterar o percurso natural e a história do cancro e reduzir o número de novos episódios, mas temos, apesar de tudo, bons indicadores nesta área”, disse.

Segundo o secretário de Estado, “temos bons resultados na área da oncologia, quando comparados com outros países europeus, temos incidência de cancro e uma taxa de sobrevida superior à média europeia, o que significa bons cuidados e bons resultados no âmbito dos diagnósticos precoces”.

“Temos a melhor taxa de rastreio de cancro da mama da Europa e das melhores do colo do útero, o que reflecte cuidados de saúde de qualidade”, frisou.

Salientou ainda a importância de “medidas inovadoras” tomadas pelo Governo e que “tenderão a reduzir esta incidência” referindo “as consultas de cessação tabágica disponíveis em todo o país e a comparticipação dos fármacos para a cessação tabágica”.

A comparticipação dos fármacos para a cessação tabágica representará no final deste ano uma despesa de “um milhão de euros” mas é “um investimento que terá certamente consequência na incidência do cancro do pulmão”, acrescentou.