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Câmara de Alcochete “preocupada” com apanha ilegal de bivalves no Tejo

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O presidente da Câmara de Alcochete, Fernando Pinto, manifestou hoje a sua preocupação com a apanha ilegal de bivalves no rio Tejo, referindo que a atividade causa prejuízos para a economia, segurança e saúde pública.

“Preocupa-me a degradação e sujidade existente no espaço público, os problemas que são criados por via do desassoreamento do Tejo, os estragos existentes na ponte cais e no pontão, na praia dos Moinhos, em Alcochete, e na praia do Samouco”, disse o presidente, citado em comunicado da autarquia enviado à agência Lusa.

Fernando Pinto refere que já reuniu com a Administração do Porto de Lisboa (APL) para tentar encontrar uma solução para o problema, explicando que a situação está a “atingir um nível bastante preocupante”.

“O exercício desta atividade elenca crimes ambientais, económicos e de saúde pública e não se confina apenas à apanha ilegal da amêijoa, mas também a problemas de ordem pública, nomeadamente, na falta de pudor na via pública”, frisou.

O autarca salientou que a atividade relacionada com a apanha ilegal de bivalves tem contribuído de forma bastante célere e visível para a degradação da ponte cais e do pontão, que já não reúne as condições de segurança para a acostagem da embarcação municipal Bote Leão.

“A ponte cais começa a registar níveis preocupantes de degradação, porque os seus pilares começam a ficar desgastados e a requerer manutenção”, disse o presidente da autarquia, que sublinhou que “a rampa de acesso ao pontão já não tem as travessas que garantia maior segurança a quem a atravessasse, provavelmente para facilitar o transporte das sacas dos bivalves”.

Fernando Pinto disse que transmitiu à Administração do Porto de Lisboa as suas preocupações e que obteve a garantia de que a preocupação da autarquia será transmitida à ministra do Mar.

“A apanha de bivalves é um problema que tem de ser alvo de uma análise profunda e cuidada, porque envolve muitas famílias portuguesas, além de muitas pessoas oriundas de outros países e é um problema de segurança”, alertou o autarca.