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Autarca de Mação contabiliza perto de 20 mil hectares de área ardida

Foto Fernando Fontes / Global Imagens
Foto Fernando Fontes / Global Imagens

Perto de 20 mil hectares já terão ardido no concelho de Mação, no distrito de Santarém, afirmou hoje o vice-presidente da Câmara Municipal, António Louro, referindo que há “cinco a sete casas” de primeira habitação destruídas.

A área ardida corresponde a quase 50% da área total do concelho, sublinhou o autarca.

Segundo o vice-presidente do município de Mação, também algumas dezenas de casas de segunda habitação ficaram destruídas, bem como vários anexos, palheiros e equipamentos.

“Normalmente, a imprensa valoriza o incêndio como o grande dia da tragédia. Em territórios em que a floresta é a principal fonte de riqueza, este é só o primeiro dia dos próximos 30 anos de falta de rendimento, de falta de atividade económica, de famílias com dificuldades económicas”, vincou António Louro.

Para o autarca, a tragédia vai continuar a acontecer “nas próximas três décadas em Mação”.

O incêndio que lavra no concelho significa “semear pobreza, semear falta de rendimento, semear abandono do território, semear desertificação” e isso, assegurou, “vai-se sentir nos próximos 30 anos”.

O vice-presidente, que falava aos jornalistas no posto de comando (situado perto da GNR de Mação), referiu que várias aldeias foram evacuadas ao longo dos últimos dias, levando à retirada de “centenas de pessoas”, mas não soube referir em concreto quantas localidades foram evacuadas ou quantas pessoas é que foram retiradas até ao momento.

As três frentes de incêndio que lavram no concelho de Mação têm todas origem no fogo que começou na Sertã (distrito de Castelo Branco), no domingo.