Crónicas

Pssst - milagre – você não está doente.

Uma coisa são as criticas truculentas ao político Francisco Jardim Ramos – mantenho-as a forma e conteúdo - outra bem distinta é a pessoa e o médico Francisco Jardim Ramos.

“Sesaram retira doentes das listas de espera.” DN. 10.02.2017

1. Eis o primeiro acto de gestão hospitalar de Tomásia Alves na qualidade de presidente do Conselho de Administração do Sesaram – desapareceu os doentes das listas de espera. Eis o segundo – vai desaparecer os doentes. Eis o terceiro – vai desaparecer os médicos e os enfermeiros. Eis o quarto - vai desaparecer o Hospital Central do Funchal. O quinto, ponha-se a pau, vai desaparecer a Tomásia Alves. Com um currículo tão recheado de humanidade – Escola Hoteleira a cozinhar pasteis de nata e Conservatório de Musica a tocar trompete – há-de aparecer um dia destes como Secretária Regional dos Assuntos Sociais do Governo Regional da Madeira. Eis o quinto: vai desaparecer o Governo Regional da Madeira. Eis o sexto – o caos.

2. Entre desaparecimentos e aparecimentos protagonizados pela Tomásia Alves no sistema regional da saúde da Madeira encontrei numas calças rotas o cartão que hoje faz a foto deste texto da autoria de Francisco Jardim Ramos. Durante anos – factos públicos e figura publica – desanquei no Francisco Jardim Ramos sobre a disfuncionalidades do Seseram, em especial, com a falta de medicamentos e de tratamentos dos doentes oncológicos. Resumidamente, adjetivei-o de “nulidade política” – e o que ficou escrito está escrito. Não desaparece nem me emudece.

3. O que emudece é isto: em data em que me encontrava internado no Hospital Central do Funchal (Março de 2015) recebo este cartão personalizado do então Secretário Regional dos Assuntos Sociais, Francisco Jardim Ramos. Não me lembrava disto – mas impõe-se agora que me lembre disto por uma razão muito simples: uma coisa são as criticas truculentas ao político Francisco Jardim Ramos – mantenho-as a forma e conteúdo - outra bem distinta é a pessoa e o médico Francisco Jardim Ramos. As primeiras são legitimas – as segundas – não se tratando de factos e de matéria de interesse público - são ilegítimas. Uma lição de vida para a Tomásia Alves e, sobretudo, para mim. Posso deixar dito que lacrimei? Não posso. Lacrimei.

4. Mais: ao criticar virulentamente o político Francisco Jardim Ramos e a “gestora” pública Tomásia Alves não se está a criticar a mulher, o marido, os filhos, os pais, os tios e demais consórcios familiares ilimitados. Essa purga estalinista ensinei ao meu filho João Fontes sem espaço para discussão. Muito obrigado Senhor Doutor Francisco Jardim Ramos.