Crónicas

O efeito boomerang

No fundo, todos quereríamos o melhor de vários mundos, não haver descidas salariais, nem agravamento tributário, nem restrições nos serviços, nem cativações. Mas há consciência que isso não é possível, pelo menos para já e no estádio em que o país se encontra. Há sempre que fazer opções. E escolher estratégias. Discutíveis naturalmente

“O processo de ajustamento em Portugal de que resultou uma forte austeridade obrigava a que se gastasse menos e arrecadasse mais. O Estado fez da forma mais simples, poupou na despesa cortando no elo mais fraco e mais à mão, nos ordenados da função pública, nas pensões e para melhorar a receita foi também pelo caminho mais fácil, impondo aumento de impostos aos portugueses. Milhares ficaram naturalmente revoltados e notoriamente insatisfeitos.