“Presidente da República contra nome de Ronaldo no Aeroporto da Madeira ” – Expresso - 10.03.2017.

1. Elá, que deselegância. Este Marcelo Rebelo de Sousa tem a mania de se imiscuir em tudo o que mexe e remexe na Região Autónoma da Madeira. Agora – sustentado em pareceres jurídicos da ANAM ( outros grandíssimos aldrabões) – invoca a teta de um contrato de concessão e a figura dos direitos de imagem para impedir o aditamento do nome do Cristiano Ronaldo ao Aeroporto da Madeira. Tudo para justificar uma coisa absolutamente ridícula – a de que as infraestruturas públicas não devem adoptar o nome de pessoas vivas. Era só o que faltava. Brazão de Castro, vivinho da silva, não fez nenhum pela Madeira para além de arranjar tacho ás filhas – e tem o nome numa escola. Francisco Fernandes, vivinho da silva, não fez nenhum pela Madeira para além de arranjar tachos para a família toda – e tem também o nome numa escola. Idem, idem, aspas, aspas para a Escola Básica do 1.º ciclo de Machico Luis Santos Costa e para Escola Básica e Secundária do Carmo de Câmara de Lobos Luís Maurílio da Silva Dantas. Toponímica é uma competência exclusiva do Governo Regional da Madeira, ou seja, o Marcelo Rebelo de Sousa que vá para o raio que o parta.

2. Um parêntesis no “name do Eirioporto” da Madeira para extravasar a seguinte convicção: depois do que o Santos Costa disse em tribunal sobre o processo “Cuba Libre” a Escola Básica do 1.º ciclo de Machico vai retomar a toponímica inicial, ou seja, Escola Básica do 1.º ciclo de “Traidores” de Machico. Os machiqueiros – tal como o amor do Miguel Esteves Cardoso - são fodidos. Fodidinhos mesmo.

3. Voltemos ao “Eirioporto” da Madeira. Se há pessoa, vivinha da silva, que bem merece o nome nessa infraestrutura aeroportuária é o Dr. Alberto João Jardim. Ele, como ninguém, lutou com total desdém contra as dificuldades de acréscimo da pista e melhoramento dos equipamentos, gare incluinda, e conseguiu politicamente o que muitos técnicos diziam inviável. Donde – em defesa dos direitos de imagem invocados por Marcelo Rebelo de Sousa e do buraco nas contas públicas da região de 1.2 mil milhões euros - é turisticamente oportuno ocultar o nome de Alberto João Jardim e denominar a infraestrutura de “Eirioporto da Madeira Carinha de Loiça. É resmas de turistas sebosos.