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Rubina, só ela!

Esta semana foi conhecido o nome da candidata apresentada pelo PSD à Câmara Municipal do Funchal. Rubina Leal, um exemplo na ação política e na proximidade aos cidadãos. A reação dos cidadãos, a qual extravasou largamente as bases do PSD, não se fez esperar. Entre o elogio e o entusiasmo, as manifestações de fundada confiança e as declarações de genuíno apreço, fica claro que Rubina Leal é reconhecida como protagonista de um projeto autárquico sólido a favor do Funchal.

Aliás, o acossado Paulo Cafofo não desconhecerá este facto. Seguramente teve ocasião de ver as imagens da noite do anúncio da Comissão Política Regional, marcadas pela determinação rotunda e firme que ecoou na voz de Rubina Leal quando afirmou que o objetivo autárquico “é sempre ganhar o Funchal”.

Evidentemente que esta candidatura cria uma reação nos oponentes. Tudo o que é forte desperta resistência. Vejamos as primeiras declarações sobre as autárquicas por parte de Paulo Cafôfo, após o anúncio da candidatura de Rubina Leal. Reveladoras, aliás, das inconfessáveis motivações por detrás do projeto político da “Mudança”. Eis:

O título do DN-M dizia “Cafôfo negoceia entrada do JPP na coligação”. E no corpo da notícia ficamos a saber que as negociações abrangem ainda o PDR e o ‘Nós, Cidadãos’. Convém recordar que Carlos Pereira tinha dito que o PS-Madeira não iria formar coligações para ir a eleições autárquicas. Esta manta de retalhos eleitoral de Paulo Cafôfo será então realmente ratificada pelo próprio PS? Quem faz marcha atrás: o líder regional do PS ou o ainda presidente da CMF?

E o próprio JPP começa a flirtar com a Mudança no Funchal, depois dos seus apoiantes de primeira linha desertarem no concelho onde nasceu, Santa Cruz. De início rejeitavam aquilo que tanto criticavam nos partidos políticos, hoje praticam o pior da vida política: olhar para votos como quem olha para uma folha de Excel, esperando a sua salvação pessoal.

Depois do falhanço do projeto inicial da Mudança, marcado pela instabilidade e paralisia camarária no Funchal, avista-se, tão somente e tão pequeno, o ímpeto insaciável da sobrevivência política do líder da CMF. O projeto desmoronou-se. Nem ideologia, nem sequer pragmatismo. Votos, nada mais.

Pensar que o eleitor não se apercebe destas estratégias, é menosprezar as suas capacidades. Mas a manta de retalho eleitoralista não sufoca a democracia. A alternativa é clara. Rubina, só ela.