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Quem é muleta de quem?

Andam por aí uns mutantes que, no mesmo ano em que passaram a partido, elogiaram e hoje são fervorosos apoiantes, da maior golpada que aconteceu na democracia portuguesa! Todos devem estar lembrados que, pós uma clara vitória da coligação PSD-CDS nas eleições nacionais de 2015, um senhor chamado António Costa, apagou todo o histórico parlamentar da Assembleia da República portuguesa, onde o princípio que subsistia era o de que, quem vencesse as eleições governaria, mesmo que não obtivesse a maioria absoluta! Ora essa geringonça veio abrir a caixa de Pandora pois, o partido socialista de António Costa com menos 21 deputados do que aqueles que somavam PSD-CDS, não só não respeitou essa maioria, como se aliou ao BE e ao PCP para formarem um frente de esquerda para tomarem o poder em Portugal! Onde estava o JPP nessa altura para criticar este assalto ao poder? Calados como ratos! Esta gente não tem memória! O CDS foi o partido que mais serviu de muleta financeira ao então movimento JPP que se norteava, nessa altura, por princípios com os quais o partido que lidero se identificava! Foram dezenas de milhares de euros em apoios para recuperar casas, compra de electrodomésticos, etc., posteriormente, veio um apoio financeiro considerável para as eleições autárquicas de 2013; depois, passaram a partido em 2015 e acabou a memória! Vêm estes senhores, a quem não reconhecemos autoridade moral para acusarem o CDS de muleta, exaltarem-se com a forte possibilidade do presidente da Câmara de Santana, Teófilo Cunha, vir a liderar a AMRAM! Mas pergunta-se, a geringonça de António Costa assim como a geringonça que o JPP apoiou no Funchal, têm alguma legitimidade para exigir o que quer que seja ao CDS e PSD? Afinal o fez o partido JPP pela democracia na Região? Que passado histórico têm estes senhores para se arvorarem em moralistas? Neste momento não passam de porta-vozes da geringonça que se criou no Funchal que se julga dona dos votos dos funchalenses e, porventura até regionais! Quando a muleta do CDS lhes serviu para sobreviverem, tudo era democrático; agora que o novo senhorio deles lhes manda orientações desde o Funchal são os primeiros a dizer amém! Como diz o povo, os cães ladram e a caravana passa...