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Madeira, que futuro?

Estamos no mês de Agosto em pleno Verão e, sendo um período de férias, a grande maioria das pessoas não olha para as acções de índole político-partidária com o mesmo interesse que o faria noutra época do ano, pois desligam intencionalmente o chip das rotinas quotidianas! Todavia, acontecimentos que têm vindo a ocorrer neste mês são reveladores do que poderá vira a acontecer num futuro próximo na nossa Região! Em primeiro lugar, há uma clara tentativa de alguma comunicação social em procurar bipolarizar a política regional entre o partido que governa a Madeira há mais de 42 anos e o quarto partido regional -repito o 4º partido- que não se sabe bem quem o corporiza, se o seu líder desde o Porto Moniz, ou o inquilino da Câmara do Funchal. Se é legítimo que certa comunicação social pretenda criar uma bipolarização que a existir, só será fundamentada em estudos de opinião –e sabemos bem o que eles valem-, menos legítimo é procurar-se menorizar o maior partido da oposição na Madeira, o CDS, pois enquanto os eleitores não decidirem o invés, é o CDS que tem esse estatuto na Assembleia Legislativa da RAM, primeiro órgão da Autonomia! Em segundo lugar, as eleições regionais de 2019 só se realizarão dentro de 14 meses, a não ser que sejam antecipadas- e muita água irá passar por debaixo da ponte, não sendo entendível que se tente ostracizar o partido que, muito provavelmente, é que decidirá como se irá constituir o futuro governo na Região! O CDS é um partido que sempre colocou os interesses dos madeirenses e porto-santenses em primeiro lugar, e só depois, os da República; não aceitamos pactos com que partido for que hipoteque o que foi conquistado ao longo de anos de poder autonómico, em troca de qualquer cheque sem cobertura, vindo do governo das esquerdas encostadas! Não aceitaremos que nos imponham um tecto para o subsídio social de mobilidade, tal como defende o partido socialista de António costa, nem trocaremos direitos que são do nosso povo, por promessas falsas de qualquer governo da República! Por outro lado, o CDS rejeitará qualquer laivo ou tique absolutista vindo de um partido que sempre governou a Região, pois o CDS exigirá fazer parte da solução –caso assim o decida o povo- e não abdicaremos de partilhar com quem melhor entender e assimilar as linhas estratégicas e programáticas do nosso partido num âmbito de governação futura! Se o CDS não for o partido mais votado nas eleições regionais de 2019, aquele partido que o conseguir, deverá estar ciente que o CDS exigirá intervir directamente em todas as áreas da governação e não trocará cargos de governação, pela abdicação de fazer parte da solução em quaisquer sectores sejam eles sociais, económicos, culturais etc. Não contem connosco para apenas emoldurarmos um governo! Há um caminho longo para contruir até 2019; muito trabalho junto das populações, muita política de afectos e de promessas reais e não de ilusões vãs, muita seriedade na proposta que apresentarmos! O futuro da Madeira está lançado, será o povo a decidir e não alguma comunicação social!