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Leva-me a ver os aviões!

Não é novidade os condicionamentos do aeroporto da Madeira quando o vento resolve “pregar partidas” a quem quer sair da ilha; o que já não é muito normal é haver companhias a aproveitarem-se desse facto e “chularem” quem já está em dificuldades.

Muito se tem falado sobre este facto nas redes sociais, mas, apesar dos alertas, dos avisos, das denúncias, lá vai ela continuando a beneficiar dos nossos impostos e simultaneamente a explorar os madeirenses e o Estado.

Entre outras situações: viagens incomportáveis para a maior parte das famílias de estudantes em determinados períodos do ano; tarifas em executiva mais baratas que tarifas reembolsáveis pelo subsídio...

Agora posso acrescentar mais uma, que pude comprovar diretamente...

Mas vamos à situação: passageiros franceses, com voo cancelado na companhia Transavia e com urgência em regressar ao seu país.

Solução encontrada: apanhar o barco para o Porto Santo e remarcar todas as passagens nas companhias possíveis e a operar a partir daquela ilha.

Depois de alguma pesquisa, as possibilidades não eram muitas, mas o que mais me chamou a atenção foram os preços da “tal companhia” (que todos sabemos qual é) pela manhã: Porto Santo – Paris, o preço por pessoa era de cerca de 125€ com escala em Lisboa, o mesmo voo, mas o passageiro saindo em Lisboa, o preço subia para 280€.

Sim, percebeu bem, é mais barato ir a Paris que ir a Lisboa no mesmo voo.

Obviamente, para quem só quer ir para Lisboa, não pode marcar para Paris, pois o destino não é reembolsável pelo subsídio de transporte.

Resta-me perguntar a quem de direito: até quando???

P.S. - A Venezuela continua a dar que falar e não pelas melhores razões.

Mortes constantes, atropelos à liberdade, sequestros pelas forças de segurança do governo, morte e assassinatos, e afastamento de pessoas de cargos cuja função era garantirem a democracia e o equilíbrio social como é o caso da Procuradora.

Cada vez mais esta situação é assustadora, mas mais assustadora é a passividade dos países e organizações que tinham de assumir uma posição ou até encetar ações enérgicas para pôr cobro a esta situação.

Este é um país onde reside a maior comunidade madeirense no exterior, este é um país rico, este é um país que caiu, de forma clara, numa ditadura, e não vale a pena escamotear esta situação.

Está na hora de olhar para a Venezuela e tentar salvar o que ainda resta, pois a guerra civil está iminente e vai acontecer, se nada for feito.