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Financiamos a asneira

“Incêndios 2016. Financiamos a Reconstrução”. Será publicidade de que banco? De nenhum? Então, de que se trata?

Trata-se do mais recente projéctil disparado pelo Partido Socialista local, na direcção dos seus já tão martirizados pés.

Seja qual for o ângulo de análise, este cartaz é um enorme disparate. É de tal ordem a inanidade, que me eximo de enumerar os motivos que para tal concorrem, pois andam por aí a incendiar as redes sociais.

Dr. Carlos Pereira, estará V. Exa. a alcandorar-se a uma carreira de comediante?

Que outra razão haveria para semelhante dislate? Quiçá o facto de, estando quase todos os partidos em preparação para a “guerra” autárquica, seja mais conveniente a este passageiro frequente da asneira tentar focar os holofotes no seu ubíquo umbigo, não vão eles iluminar alguém que lhe provoque ciúmes...

Não anda muito melhor o PSD, com cada vez mais controvérsia e crítica interna a alguns dos candidatos autárquicos já anunciados, sem que surja a definitiva confirmação de que será mesmo Rubina Leal a avançar na capital.

Entretanto, vão-se abrindo brechas no “Afaquistão”. Na Ribeira Brava andam “mosquitos por cordas”, com Alberto João Jardim a dar uma achega. Caso Ricardo Nascimento decidisse avançar como independente (mera especulação, mas tudo pode acontecer), a dispersão de votos poderia fazer com que mais este município fosse perdido pelo PSD.

Na Ponta do Sol também já se ouvem algumas vozes de protesto, que a não ser devidamente atendidas poderão redundar no voto de protesto numa outra candidatura que não a “laranja”. Neste particular, Sara Madalena (pelo CDS) poderá sair beneficiada. Tem perfil e boa aceitação junto da população, tal como João Paulo Santos em Câmara de Lobos, se bem que este município dificilmente deixará de se manter cor-de-laranja, tal como a Calheta.

No Porto Moniz e em Machico, e mais naquele que neste, o PS deverá continuar a ser o partido mais votado. Tal como Santana deverá manter-se como o grande bastião do CDS no poder local, exclusivamente graças a Teófilo Cunha.

Santa Cruz também não deixará de vestir-se em tons de verde. O JPP tem cometido vários erros, mas mesmo assim a famigerada herança deixada pelo PSD continuará a pesar na decisão, na hora de votar.

Em São Vicente, quase me esquecia, voltará a ganhar o candidato Garcês do PSD, que por um triz não foi apoiado pelo CDS (santa ingenuidade).

No Porto Santo, entre tantos ex-PSD’s a concorrer, quem sabe se a sorte não sorrirá ao independente Castro?

Finalmente, no Funchal, todos querem abater Paulo Cafofo, apesar de que até ao momento, não se vislumbra quem lhe possa fazer mossa, apesar do mandato apenas sofrível – a verdadeira “estrela” foi o vereador Miguel Gouveia.

E que faz o PS, trabalha activamente pela renovação da “Mudança”? Não, faz cartazes a “financiar a reconstrução dos incêndios...”