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Desde os primeiros instantes apercebemo-nos que eram 5+1 contra o atual presidente

É costume nas épocas pré- eleitorais realizarem-se debates políticos nos órgãos de comunicação do Estado e só não houve quando o PSD se recusava a participar em debates e esses mesmos órgãos seguiam a decisão deste partido, não os realizando. Hoje em dia já existe um pouco mais de democracia nesses órgãos do Estado e para esse efeito, também no PSD. Tanto a RDP/Madeira como a RTP/Madeira proporcionaram esses debates em todos oc concelhos da Região e, felizmente com moderadores diferentes. Na RTP/Madeira vimos a desgraça que foi, com o moderador a ser o maior interveniente, não por necessidade de intervir mas quando o entrevistado não dizia o que ele queria ouvir, chegando mesmo a ser fortemente parcial, como aconteceu no debate sobre o concelho do Funchal em que durante a ronda final para cada candidato apelar ao voto, ainda fez duas perguntas a dois dos intervenientes, demonstrando uma tendência muito notória. Por outro lado abriu o debate com a questão da queda da árvore no Monte que está a ser investigado pelo Ministério Público e, logo, em segredo de justiça. Esse foi o mote dado pelo “jornalista” que quebrou ao longo de todo o debate a ética porque se devem regular todos os verdadeiros jornalistas. Na Antena 1/Madeira o moderador foi mesmo isso, só intervindo para lançar as questões em debate, tendo uma postura de um verdadeiro jornalista. Mas deixemos a questão da moderação, porque o principal já está dito, para além das interrupções constantes procurando cortar a linha de pensamento ao interveniente e vamos ao que eu achei do debate sobre o Funchal na RTP/Madeira.

Desde os primeiros instantes apercebemo-nos que eram 5+1 contra o atual presidente da câmara, alguns havendo que não foram capazes de mostrar um único sorriso durante todo aquele tempo e que demonstraram mais que estavam a transmitir ódio do que participar num debate entre adversários e não entre inimigos. Alguns de roupa branca, pouco aconselhada para uma televisão, outros querendo falar como se fossem anjos, com falinhas mansas, tentando apresentar algumas mentiras ou coisas impossíveis para conquistarem os votos dos telespectadores. Foi tal que no apelo final, um deles apelou à “Confiança” para conquistar eleitorado. Achei mesmo piada a esta, como também, por falta de imaginação, uma das coligações valeu-se do nome antigo de outra coligação, só acrescida de uma palavra ”nova”.

Tiros nos pés, muitos, através da sua principal especialista, que apesar de ter sido vereadora na Camara do Funchal, demonstrou desconhecer os dossiers do seu tempo e os atuais. Anuncia que ia criar um fundo social com 1,2 milhões de euros, o que significa regredir porque já existe um com 1,5 milhões de euros, por outro lado critica a limpeza da cidade do Funchal e os jardins, depois de uma sondagem publicada em que 84% dos turistas gostam da limpeza e dos jardins. Certamente que os outros 16% que não estão satisfeitos deveriam a estar a pensar na Praça do Povo e outras pertencentes ao Governo Regional de que a agora candidata fez parte durante mais de dois anos. Ainda sobre esta candidata, convém dizer que ela, assim como alguns outros, não sabem distinguir os poderes do Município e os poderes do Governo Regional, nomeadamente no que refere à redistribuição de determinados impostos e dos contratos programa com os municípios a que este governo se recusou fazer durante muito tempo. Outros pormenores houve, mas para não me alongar ficar-me-ei por aqui e aproveitando para mostrar o meu apoio ao único participante no debate com capacidade para o lugar de Presidente do Município do Funchal e para continuar um trabalho iniciado no mandato anterior, tendo em vista as pessoas, com duas grandes preocupações: O social, apoiando a 3ª idade, o educacional/cultural com apoios para os compêndios escolares e bolsas de estudo para os estudantes universitários e a criação de inventos culturais, para além de uma proximidade ímpar dos seus Munícipes e da reabilitação urbana e mobilidade. Quem não tem hipóteses de ganhar promete este mundo e o outro.