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José Eduardo dos Santos já votou

A votação para as eleições gerais em Angola iniciou-se às 7 horas de hoje

É a última vez que José Eduardo dos Santos vota enquanto chefe de Estado.
É a última vez que José Eduardo dos Santos vota enquanto chefe de Estado.

O Presidente da República de Angola, José Eduardo dos Santos, votou hoje em Luanda, cerca das 8h30, nas segundas eleições gerais do país, pela última vez enquanto chefe de Estado, função que ocupa desde 1979.

Perante um forte aparato de segurança e mediático, com dezenas de jornalistas nacionais e estrangeiros, José Eduardo dos Santos, que completa este mês 75 anos, votou, juntamente com a mulher, Ana Paula dos Santos, na escola primária de São José de Clunny, centro de Luanda, onde funciona a Assembleia de Voto n.º 1047.

No final da votação, José Eduardo dos Santos cumprimentou os observadores internacionais convidados presentes no local, que estão a acompanhar o processo eleitoral angolano, casos dos antigos presidentes de Timor-Leste, José Ramos Horta, e de Moçambique, Joaquim Chissano, e o ex-primeiro-ministro cabo-verdiano José Maria Neves, entre outros.

A votação no local decorre normalmente e José Eduardo dos Santos deixou aquela escola sem prestar declarações aos jornalistas.

Sensivelmente à mesma hora, mas em Talatona, arredores de Luanda, votou Isaías Samakuva, o presidente e cabeça-de-lista da UNITA, o maior partido da oposição angolana, que apelou aos angolanos para cumprirem o dever cívico de votar nestas eleições, segundas gerais e quartas desde 1992.

A votação para as eleições gerais em Angola iniciou-se às 7 horas de hoje (mesma hora em Lisboa), disse à Lusa a porta-voz da Comissão Nacional Eleitoral (CNE), Júlia Ferreira.

“Já se vota em Angola desde as sete da manhã”, disse a porta-voz da CNE.

Mais de 9,3 milhões de angolanos estão inscritos para escolherem hoje, entre seis candidatos, o sucessor de José Eduardo dos Santos - que não integra qualquer lista candidata -, com a votação a decorrer até às 18 horas.

Esta votação envolve a eleição directa do parlamento (220 deputados) e indirecta do Presidente da República, que será o cabeça-de-lista do partido mais votado.