O Governo do Presidente Nicolás Maduro e a oposição agendaram, sábado, uma nova reunião de diálogo para 15 de dezembro, anunciou o presidente da República Dominicana.

Danilo Medina falava durante uma conferência de imprensa em Santo Domingo, na República Dominicana, após dois dias de trabalhos entre representantes do Governo venezuelano e da oposição, centradas no regresso ao diálogo.

“Avançou-se em seis pontos o Governo e a oposição declaram que se produziram avanços significativos na procura de um acordo que solucione de maneira pacífica a situação atual da Venezuela”, disse, embora salientando que não foi concluído qualquer acordo até ao momento.

Segundo Danilo Medina, “para que as coisas resultem bem, há que fazê-las pouco a pouco. Para mim tem sido uma honra dirigir as conversações, num clima de respeito que produziu avanços significativos”.

“A 15 de dezembro faremos uma nova negociação para um acordo definitivo”, vincou.

Por outro lado, “ambas partes reiteraram a necessidade de avançar a um acordo em interesse do povo venezuelano”, precisou.

Representantes do Governo venezuelano e da aliança opositora Mesa de Unidade Democrática (MUD) chegaram sexta-feira a Santo Domingo, na República Dominicana, para iniciar o processo de diálogo.

O encontro, de dois dias, teve lugar depois de várias tentativas falhadas.

O Governo espera chegar a um acordo para avançar com novas emissões de títulos de dívida e outras formas de financiamento.

As negociações vão decorrer num momento em que o Governo venezuelano é abalado por um escândalo de corrupção na empresa petrolífera estatal e a Venezuela passa por uma crise política e económica, que tem motivado apelos para a abertura de canais humanitários para alimentos e medicamentos, que o regime não aceita.

Os trabalhos estão a ser liderados pelo Presidente da República Dominicana, Danilo Medina, pelo ministro dos Negócios Estrangeiros dominicano, Miguel Vargas, e pelo ex-chefe do Governo espanhol, José Luís Rodríguez Zapatero.

A reunião tem como observadores os ministros dos Negócios Estrangeiros do Chile, México, Paraguai, Bolívia, Nicarágua, San Vicente e Granadinas, os últimos três a pedido do Governo venezuelano.