Governo da Tunísia prolonga estado de emergência por mais três meses
O Governo da Tunísia decidiu hoje prolongar por mais três meses o estado de emergência imposto em novembro de 2015, depois do último atentado.
O ministro da Defesa, Farhat Horchani, já tinha assegurado esta semana que o nível de ameaça terrorista se mantinha, devido à instabilidade política e à guerra na Líbia, com quem faz fronteira a sul.
Os serviços de informação locais acreditam que a maior parte dos líderes do ramo da Líbia do grupo extremista Estado Islâmico são procedentes de movimentos islamitas radicais tunisinos, como o “Ansar al Sharia” e o grupo “Oqba bin Nafaa”.
Na quarta-feira, o primeiro-ministro tunisino, Youssef Chahed, deu a entender que aquela poderá ser a última renovação do estado de emergência, que restringe direitos individuais e sociais, e que Zinedin el Abedin Bem Ali, o ditador deposto em 2011, utilizava como instrumento de repressão.
A Tunísia sofreu graves atentados terroristas em 2015, que provocaram a morte a 72 pessoas, 60 das quais estrangeiros.
Segundo dados do Governo, cerca de 5.000 tunisinos juntaram-se a grupos radicais islâmicos no estrangeiro, o que torna o país no primeiro exportador mundial de combatentes.