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Encontrado corpo de fotojornalista sequestrado quinta-feira no centro do México

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O corpo de um fotojornalista foi hoje encontrado no Estado de San Luis Potosí, centro do México, um dia após homens em uniforme o terem sequestrado de sua casa, anunciaram as autoridades e organizações não-governamentais.

Edgar Daniel Esqueda Castro, um fotógrafo ‘freelancer’ tinha recebido ameaças e intimidações de agentes do gabinete do procurador em julho. A comissão de direitos humanos deste Estado tinha no entanto solicitado a esta procuradoria para proteger o jornalista.

O porta-voz do gabinete do procurador-geral, Ivan Ojeda, disse que o corpo de Esqueda foi encontrado perto do aeroporto de San Luis Potosí (SLP), e negou que os seus agentes tenham sequestrado o fotojornalista.

Nas redes sociais, jornalistas desde cidade tinha já denunciado na quinta-feira o sequestro de Esqueda por agentes da polícia ministerial, enquanto a organização internacional Artículo 19, que denuncia as perseguições e desaparecimentos de jornalistas, alertou para o desaparecimento deste profissional, que colaborava nos diários digitais VoxPopuliSLP e Metrópoli SLP.

O Comité para a protecção de jornalistas, com sede em Nova Iorque, precisou que Esqueda se ocupava de crimes e notícias de sociedade.

Desde a chegada ao poder do atual Presidente Enrique Peña Nieto em dezembro de 2012, a Artículo 19 registou o assassinato de 36 jornalistas no México, nove cometidos nos primeiros seis meses de 2017, segundo um relatório divulgado em agosto.

No mesmo período, 276 jornalistas denunciaram terem sido agredidos, sobretudo por funcionários e agentes governamentais.

Com o assassinato de Edgar Daniel Esqueda Castro aumentou para 37 o número de jornalistas mortos no México desde finais de 2012.