Madeira

PS acusa Governo Regional de não cumprir Programa de Governo na questão das listas de espera

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“Cumprindo o papel de fiscalização, o PS verificou a falta de implementação de medidas do Programa de Governo, nomeadamente o sistema integrado de gestão dos inscritos em cirurgia com a respectiva unidade hospitalar de gestão de inscritos para cirurgia, a definição dos tempos máximos de resposta garantida dos inscritos para cirurgia, bem como os cheques cirurgias para combater as listas de espera e ainda, a contratualização com estruturas hospitalares nacionais e/ou regionais do sistema privado para dar resposta aos utentes”. Foi este o resultado da conferência de imprensa levada a cabo pela socialista Sofia Canha. A deputada começou por referir que o programa de Governo “devia definir como área ou sector prioritário o controlo das listas de espera. Sendo certo que não é possível eliminar as listas de espera no Serviço Público de Saúde, é desejável o seu controlo através de uma gestão transparente e de medidas que reduza o número de cirurgias para números aceitáveis”, considerando inadmissível que os utentes do Serviço Regional de Saúde “paguem as suas prestações sociais, os seus impostos e depois quando precisam de uma cirurgia ou exame médico aguardem 10 ou mais anos”.

A socialista salientou que as pessoas pagam os seus impostos e depois ainda têm de pagar as intervenções cirúrgicas no privado, pois, o sistema público não lhes dá qualquer resposta, nem informação sobre a sua posição na lista de espera.

Sofia Canha disse também que está “consensualizado pela classe médica o tempo máximo de 6 a 9 meses para cirurgias menos complexas e graves, e 45 e 60 dias para patologias oncológicas”.

Apesar de estar previsto no programa de governo a definição destes tempos máximos de espera,” a verdade é que o mesmo não se concretizou”, da mesma forma que “também não aplicou outras medidas como seja o Sistema Integrado de Gestão de Inscritos para Cirurgia (SIGIC), os cheques cirurgia e a contratualização com outras entidades hospitalares privadas para combater as carências no sector público do Sistema Regional de Saúde”.

No entender de Sofia Canha, “devia ter havido um investimento substancial para a implementação destas medidas, escalonado ao longo dos anos, até um número clinicamente aceitável de utentes em lista de espera”. Neste sentido, considerou que o próximo Orçamento Regional “deve contemplar um reforço orçamental para suprir estas necessidades e dar uma resposta cabal a esta matéria”.