Madeira

Binter e Governo Regional estudam alterações nas actuais ligações aéreas com o Porto Santo

A companhia espanhola vai também apostar na área comercial para levar mais turistas à Ilha Dourada

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Realizou-se, esta manhã, na vice-presidência do Governo Regional, uma reunião que juntou à mesma mesa representantes da companhia aérea espanhola Binter, da Câmara Municipal do Porto Santo, o deputado porto-santense Bernardo Caldeira, a directora regional adjunta de Economia e o vice-presidente do Governo Regional. Na agenda de trabalho estiveram questões relacionadas com as atuais ligações aéreas entre a Madeira e o Porto Santo.

De acordo com o vice-presidente do Governo Regional, Pedro Calado, “não obstante este processo da ligação aérea entre o Porto Santo e a Madeira ser da responsabilidade do Ministério Planeamento e Infra-estruturas, o Governo Regional da Madeira, sensível às populações que serve, em especial os residentes no Porto Santo, considerou ser importante e oportuno limar alguns aspectos desta operação que poderão ser alterados ou minimizados. E, por isso mesmo, propiciou este encontro de trabalho”.

No essencial, para o Governo Regional, “o que está em causa são alguns acertos que a população tem vindo a sugerir, por forma a que possam ser feitas algumas alterações nos serviços, correspondendo àquelas que são, também, as expectativas dos residentes no Porto Santo conciliando, ao mesmo tempo, os aspectos operacionais da companhia”.

A reunião, conforme referiu Pedro Calado, decorreu num clima de perfeito entendimento entre todos os intervenientes, tendo a Binter manifestado sensibilidade às sugestões que deixadas, ficando agora de analisar internamente a viabilidade das mesmas, em especial as questões relacionadas com os horários dos voos, bem como alguns aspectos do tarifário.

Estas foram, de resto, tal como referiu o governante, as principais questões que se destacam de um levantamento exaustivo que foi feito previamente, quer pelo Governo Regional, pela Câmara Municipal do Porto Santo, quer pelo deputado do PSD/Madeira, Bernardo Caldeira, no sentido de se identificarem algumas situações que, eventualmente, possam vir a ser alteradas para uma maior satisfação das necessidades da população, mais precisamente a de Porto Santo que utiliza esta linha aérea como serviço público e como resposta à dupla insularidade que sente.

Neste momento, de acordo com o vice-presidente do Governo Regional, “apesar do processo inicial em contrarrelógio, a operação assegurada pela Binter garantiu toda a componente operacional e de segurança, essenciais, para que as ligações entre o Porto Santo e a Madeira fossem uma realidade no dia 5 de junho. Estando a ligação agora, numa fase mais estável, em nosso entender, esta é a altura certa para estudarmos eventuais alterações”.

Da parte da Binter, Pedro Calado diz que a companhia “se mostrou receptiva a encontrar as melhores soluções para as questões que foram identificadas.

Agora, a companhia vai fazer a análise e verificar como é que será possível resolver”.

A par da questão relacionada com os residentes em Porto Santo, a companhia também esteve a abordar com o Governo Regional eventuais formas de colaboração para a promoção do desenvolvimento turístico do Porto Santo, isto é, aproveitar os turistas que já estão na Região e fazer com que eles vão ao Porto Santo.

Para isso, referiu Pedro Calado, a Binter manifestou estar interessada em dinamizar a parte comercial desta operação junto das agências de viagens, tendo já contratado, para o efeito, um profissional que ficará responsável por essa missão na Madeira.