O Dia Mundial da Rádio

Celebrou-se com todo o propósito, o Dia Mundial da Rádio.

A rádio - velha senhora, está para durar. É sempre necessário celebrar o dia da rádio e todos os dias são seus. Ela é indispensável e insubstituível. Sobreviveu à televisão, nos anos 80 do século passado. Depois resistiu às rádios piratas. Ultimamente, já lhe faziam o funeral pela vinda da internet. Ora, estes dois meios complementam-se, sendo distintos - e a rádio continua viva.

A rádio está em todo o lado e dispersa-se em todos os sítios e auditórios. É um meio único e útil. Nas aldeias é uma permanente companhia. Está sempre lá, nem que seja através dum simples transístor a pilhas.

Foi através da rádio que minha mãe, sobressaltada, no dia 25 de Abril de 1974, me acordou: “Salta da cama, em Lisboa a Revolução está na rua!’’. Assim, se desencadeou o dia inicial de todas as alegrias e esperanças, que ainda não se concretizaram...

Sendo militante ouvinte da Antena 2, espaço de música clássica, de programação cultural e artes, interrogo-me porque é que esta estação de rádio, tão rica em termos de oferta cultural, tem um nível tão baixo de audiências.

A rádio é o bálsamo natural contra a solidão. Que viva sempre a rádio!