Moradias S. José - Eiras

A habitação sofreu alguns estragos decorrentes da intempérie 20 de Fevereiro de 2010. Desde logo, foram necessárias intervenções profundas naquilo que era a estrutura que sustentava as casas do complexo de moradias São José no caminho das Eiras- A ideia com que se justificava estas alterações, era a de que seria necessário prevenir que algo semelhante voltasse a acontecer a quem tinha as suas casas com ligação direta ao caudal do ribeiro em causa, e que em última instância. foi o fator causador dos danos nas casas sofreram As alterações decorrentes à estrutura das casas tinham assentes duas grandes intervenções: aumentar o caudal do ribeiro quer em largura, como em profundidade. Para isso foi necessário criar uma estrutura a sobre não só veio retirar espaço útil e integrante das casas como criar uma queda de água com cerca de 6 metros de altura e colocaram minha habitação a cerca de 60 cm da parede do ribeiro, que em nada veio tornar seguras as habitações. Decorrentes desta obra realizada pela Câmara Municipal de Santa Cruz e Direcção Regional de Hidráulica surgiram problemas como a fragilidade da estrutura feita, onde já se conseguem ver fissuras decorrentes do desgaste da água e da passagem do entulho pelo caudal. Em dias de chuva mais intensa torna-se insuportável a habitabilidade uma vez que o barulho da água concentrada e pedras torna-se ensurdecedor. No que à minha habitação diz respeito, nós estamos numa posição de clara desvantagem, pois as obras realizadas não só põem quem vive na casa H do n. 89 sujeito a um barulho mais intenso por parte do ribeiro em causa, como à fragilidade das paredes circundantes que a qualquer momento podem ceder e causar danos irreversíveis na habitação, para além de porem em risco a vida de quem nela vive. Para além disso foi assegurado que o espaço que teria sido retirado à casa para que desta forma fosse concretizada a obra já mencionada, seria legalizado, o que tal não veio a acontecer. A verdade é que para além do transtorno de quem viveu uma situação traumática como foi a do 20 de Fevereiro, estamos a falar de uma situação que após a vossa intervenção não trouxe nenhum sentimento de tranquilidade a quem aqui vive. Falamos de estruturas prestes a ceder, e que carecem de manutenção. Para além de que financeiramente, devido a vossa inércia em legalizar algo por vós retirado, continuo a pagar um espaço que já não me pertence nem faz sentido estar a pagar.