AITRAM (I)

As páginas do DN da Madeira, foram palco da demonstração do desagrado governativo da AITRAM. Para aclarar a opinião geral dos Associados ou não, deve-se estabelecer a cronologia dos factos da prepotência governativa da Associação, onde imperam o caciquismo e os interesses pessoais de terceiros. Desde há 12 anos a esta parte a Associação “liderada” por António Loreto, tem vindo a sofrer um rude revés quanto à forma de governo e à paz que se desejam no seio da Associação, pois com o passar do tempo as raízes interesseiras ficaram agarradas ao poder e não libertam a Associação e os seus associados destas amarras que visam privilegiar os interesses senhoriais de alguns indivíduos. Assim, convém reavivar a memória seletiva de certas gentes que se movem ao sabor dos interesses Associativos e daqueles que, com desapegado interesse apoiam a ditadura do quero, posso e mando. António Loreto eleito pela primeira vez em 2005, cedo soube acautelar os interesses, mantendo ativos uns estatutos arcaicos, desatualizados e propensos a certas jogadas de bastidores. Manteve nos estatutos a possibilidade do voto por correspondência e, nos atos eleitorais que se seguiram, grandes indícios de fraude eleitoral pairaram sob as eleições realizadas, desde o facto de ser dito por diversos Associados que houve a recolha de boletins de voto nos concelhos rurais, à colocação de vários subscritos eleitorais na mesma estação de correios, colocando em causa a transparência e a verdade dos atos eleitorais. Em 2007 e com o acesso a dados privilegiados, António Loreto e seu vice presidente Luís Gramilho, criaram uma empresa de distribuição de serviço de táxis com recurso a sistemas GPS, sendo a cereja no topo do bolo, a comercialização e assistência técnica de taxímetros e lanternas para táxi. Ora, o uso de informação privilegiada demonstrou um claro conflito de interesses pois esses mesmos dirigentes tiveram acesso a dados pessoais das empresas e associados, que usaram em benefício próprio. Com o passar dos anos a maior parte dos associados começou a demonstrar o seu agrado e tal facto ficou demonstrado em alguns atos eleitorais realizados, mas que, magistralmente foram ganhos pelo atual “presidente” através dos famosos votos por correspondência. O desagrado dos associados foi-se avolumando, pois os interesses gerais e coletivos deram lugar aos interesses pessoais. A célebre Assembleia geral de Associados que se realizou no ano 2013, em que foi falhado o golpe engendrado pelo então Presidente da Mesa da Assembleia Valentim Marcelino, o presidente da Direção António Loreto e o Associado Luís Gramilho, que pediram uma alteração à ordem de trabalhos e que de forma exacerbada e desesperada tentaram impingir aos Associados o parente pobre da empresa criada, que era a central de táxis e seus GPS, deixando a fatia de leão na posse dos mesmos, ou seja, passavam a parte moribunda da empesa para a alçada da AITRAM e a parte lucrativa dos taxímetros ficava na posse dos mesmos. A altercação dos Associados presente deitou por terra tal negociata. A 05-10-2013, realizou-se uma Assembleia geral que visou cessar o contrato de prestação de serviços com o consultor jurídico dado o desagrado quanto à proficiência dos seus serviços e cujo desempenho, ninguém sabe se é para defender o interesse associativo, ou o interesse pessoal do presidente da direção e demais senhorios, bem como, a análise da negociata dos GPS. Esta Assembleia concorrida, teve o desfecho desejado dos Associados, pois manifestaram a vontade de cessar o contrato com o consultor jurídico e impediram o golpe planeado dos senhores da empresa dos GPS. Quanto ao GPS a situação foi pacífica, no entanto, contra a vontade dos Associados e em conluio, o Presidente da Mesa da Assembleia Geral Valentim Marcelino não deu provimento à deliberação tomada para cessar o contrato com o consultor jurídico e fazendo ouvidos de mercador manteve a vontade do Presidente da Direção e quiçá do próprio causídico que é um cobrador de avenças pelos parcos serviços prestados em prol da Associação.

Julieta Fernandes