Desporto

Nenhum treinador do mundo deixava Cristiano Ronaldo “de fora” do Mundial

Declarou Fernando Santos no final do jogo de preparação Portugal-Estados Unidos

A selecção portuguesa de futebol empatou com os Estados Unidos (1-1). FOTO Global Imagens
A selecção portuguesa de futebol empatou com os Estados Unidos (1-1). FOTO Global Imagens

“Não acredito que nenhum treinador do mundo deixasse Cristiano Ronaldo de fora [do Mundial]. Claro que sabemos que há três, quatro ou cinco jogadores que também estão muito perto, apesar de não terem esse ‘estatuto’”, afirmou o seleccionador nacional no rescaldo do em jogo de preparação para o Mundial 2018, disputado ontem à noite, em Leiria.

A selecção portuguesa de futebol empatou com os Estados Unidos (1-1). Weston McKennie colocou os norte-americanos em vantagem aos 21 minutos, mas Antunes repôs a igualdade aos 31, num lance onde contou com a colaboração do guarda-redes contrário, que deixou a bola passar por entre as pernas.

Fernando Santos considerou que “o desempenho não foi tão bom como com a Arábia Saudita”. Todavia ressalva: “Tirarmos já conclusões que agora há meia dúzia de jogadores que ficam de fora, porque Portugal teve um jogo que não foi tão bem conseguido? As coisas não funcionam assim. Na realidade, Portugal não fez um grande jogo, mas temos de analisar os contextos de jogos, o tipo de adversário, a forma como se colocou em campo, a dinâmica do adversário, e também algumas alterações que foram feitas”.

“Quando não há tempo de treino em selecção e quando se fazem alterações, o treinador também tem de dar esse ‘desconto’ à exibição que não é bem conseguida”, sublinha.

Fernando Santos explica que, “na primeira parte, nunca conseguimos libertar-nos da velocidade do adversário, principalmente na agressividade ofensiva. Foram sempre muito rápidos em cortar espaços e capacidade de antecipação. Aí perdemos a bola sistematicamente. Devíamos ter jogado pelas laterais e sempre que o fizemos conseguimos libertar-nos dessa teia. Na segunda parte, a equipa melhorou, teve mais posse, conseguiu não se dominar tanto pela teia que nos tinham colocado e o jogo ficou mais equilibrado”.

“É evidente, que se colocámos o Pepe, o Danilo e alguns jogadores que são matriz, foi para dar uma âncora ao resto dos jogadores que não é tão normal jogarem. Quando Pepe sai e ficam a jogar dois centrais que não se conhecem bem, tem-se essa dificuldade. Ao treinador compete ler as coisas, fazer a análise e saber ler bem nas entrelinhas”, conclui o seleccionador.

Já Dave Sarachan, seleccionador dos Estados Unidos, mostrou-se “orgulhoso” do trabalho do seu grupo “diante de uma equipa difícil como a portuguesa”. “Foi um resultado justo e as duas equipas respeitaram-se”, afirmou. “Espero que os portugueses tenham conseguido angariar bastante dinheiro para as vítimas dos incêndios, que estão a passar por dificuldades”, acrescentou ainda o treinador.