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Bolsonaro critica bloqueio de perfis que publicam notícias falsas nas redes sociais

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Foto EPA

O Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, investigado na Justiça por disseminação de notícias falsas, criticou o bloqueio de perfis nas redes sociais por desinformação, justificando que "a liberdade de expressão é sagrada".

"Vimos páginas retiradas no Facebook, a demonização dos outros, mas apenas de pessoas do nosso lado, pessoas que defendem a família, defendem os bons costumes, que querem lutar pela liberdade", disse o Presidente em entrevista à rádio Viva FM.

O chefe de Estado brasileiro também reclamou das decisões judiciais contra alguns parlamentares, fazendo alusão ao deputado Daniel Silveira, que em fevereiro de 2021 publicou nas suas contas nas redes sociais sérias ameaças e insultos contra juízes do Supremo Tribunal Federal (STF) e vários elogios aos tempos da ditadura militar (1964-1985).

Bolsonaro é investigado no STF por divulgar notícias falsas contra o sistema de votação eletrónica, que considera, sem provas, fonte de "fraude", e informações falsas sobre as vacinas contra a covid-19, que vinculou à sida.

"Essa maldade, esse poder ditatorial de controlar as pessoas cresceu e a esquerda ganhou muito com isso, em detrimento das opiniões da direita", disse o Presidente brasileiro.

Para Bolsonaro, isso supõe "um cerceamento muito forte" da liberdade de expressão, que considera ser sagrada.

"Queremos simplesmente cumprir o que determina a Constituição: liberdade total. E se alguém for longe demais, que responda por difamação, calúnia ou insulto, nunca com prisão", defendeu Bolsonaro.

Em setembro passado, o Presidente enviou ao Congresso uma iniciativa para blindar conteúdos nas redes sociais e impedir a sua remoção, poucos dias depois de o STF ter derrubado um decreto semelhante.

Bolsonaro viu em várias ocasiões bloqueados alguns conteúdos publicados nas suas redes sociais, principalmente os relacionados com a pandemia de covid-19, cuja gravidade ele nega.