Mundo

Mercado financeiro prevê inflação acima da meta no Brasil em 2022

None
Foto Shutterstock

Analistas do mercado financeiro preveem pela primeira vez que a inflação no Brasil estará acima da meta estabelecida pelo Governo em 2022, informou esta segunda-feira, o boletim Focus divulgado pelo Banco Central do país.

Segundo 100 economistas consultados pelo órgão emissor brasileiro, no próximo ano os preços terão reajuste de 5,03%.

O Governo brasileiro estabeleceu uma meta de inflação de 3,5% para 2022, com faixa de tolerância de 1,5 pontos percentuais para cima (5%) ou para baixo (2%).

Se os cálculos dos economistas forem confirmados, o próximo seria o segundo ano consecutivo em que o Brasil registará uma inflação fora da meta estabelecida.

A inflação no país sul-americano nos primeiros dez meses do ano situou-se em 8,24% e em relação ao mesmo período do ano anterior (últimos 12 meses) em 10,67%, acréscimo atribuído principalmente ao aumento dos preço dos combustíveis.

Apesar de o Governo e o mercado esperarem desaceleração da inflação nos últimos meses do ano, a taxa interanual de outubro ultrapassou os dois dígitos pelo segundo mês consecutivo, muito acima da meta estabelecida pelo Governo de 3,75%, com tolerância de 1,5 pontos percentuais.

As projeções do mercado financeiro apontam que a subida dos preços chegará a 10,18% em 2021 e se isso se confirmar, o Brasil fechará com a maior taxa de inflação em um ano desde 2015 (10,67%).

Na tentativa de controlar a subida dos preços, o Banco Central vem elevando a taxa básica de juros, que hoje está em 7,75% ao ano, o maior nível em mais de quatro anos.

Esta semana o Banco Central vai debater as taxas pela última vez em 2021 e a expectativa é que a taxa feche o ano em 9,25%.