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Presidente do Brasil incentiva investidores estrangeiros e garante reformas

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O Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, enviou hoje uma mensagem otimista aos investidores estrangeiros, garantindo que o seu Governo retomará a agenda de reformas e privatizações de empresas públicas este ano.

Bolsonaro participou de uma videoconferência organizada pelo banco Credit Suisse e prometeu recuperar a austeridade fiscal plena em 2021, após os gastos extraordinários que o país realizou no ano passado exigidos pelo combate à pandemia de covid-19.

"Na área fiscal, vamos manter o firme compromisso com as regras do teto de gastos", que limitam o aumento do Orçamento do Estado, "com a sustentabilidade e credibilidade económica", disse Bolsonaro, ao lado do ministro da Economia, Paulo Guedes.

"Não vamos permitir que medidas temporárias relacionadas com a crise se tornem compromissos de gastos permanentes", acrescentou, aludindo aos subsídios que o seu Governo destinou aos mais pobres e desempregados durante o ano passado.

Neste quadro, o chefe de Estado brasileiro assegurou que em 2021 "o programa de privatizações será acelerado e a melhoria do ambiente de negócios continuará", com uma simplificação dos processos burocráticos que tornarão mais atrativa a "carteira de projetos estratégicos de longo prazo" que o Brasil tem, principalmente na área de infraestruturas.

Desde janeiro de 2019, quando o líder conservador assumiu o poder com uma agenda económica ultraliberal, o Governo brasileiro elaborou uma lista com pouco mais de 100 empresas estatais que pretende transferir para o setor privado.

No entanto, esses planos têm colidido com pouco interesse dos investidores, que foi agravado pela pandemia de covid-19, e alguma resistência do Congresso, que tem de autorizar a privatização de algumas das empresas.

O novo coronavírus deixou graves consequências económicas no Brasil, que se refletem nas projeções de queda do Produto Interno Bruto (PIB), em 4,5% para 2020, e uma situação fiscal totalmente deteriorada, agravada por uma redução acentuada da arrecadação de impostos e pelo desemprego crescente, que atinge cerca de 14% da população brasileira.

O Brasil é o país lusófono mais afetado pela pandemia e um dos mais atingidos no mundo, ao contabilizar o segundo maior número de mortos (217,664 mortos em mais de 8,8 milhões de casos), depois dos Estados Unidos.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.140.687 mortos resultantes de mais de 99,6 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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